Mais um?!
James Morrison é o típico “bom mocinho” inglês. Ar deprimido, melancólico e quase adolescente, ele é o cara que a indústria procurava para prosseguir em 2007 com a insípida, inodora e incolor linhagem de cantores folk/pop. Dada às devidas similaridades de aparência, o cantor poderia ser facilmente confundido com o chatíssimo e “agudo” James Blunt. Comparações com Paolo Nutini – outro moleque a se tornar sensação no Reino Unido, pela sua originalíssima e potente voz – também não seriam em vão.
No entanto, Morrison é mais do que seus contemporâneos, não que isto lhe garanta a tarimba de um grande artista, ou dê aval para algo do gênero. Sua voz, sim, é impressionante, e se não fosse por baladas oportunistas, “Undiscovered” poderia ser considerado um grande álbum.
Diferente do que alardeia as incendiárias publicações musicais londrinas, o álbum de estréia desse garoto de 21 anos esbarra na burocracia de arranjos e na previsibilidade de boa parte das canções. Baladas chicletes e ordinárias, que arrebatam teenagers num estalar de dedos, poderiam ser menos evidentes, e o álbum – que já vendeu duas milhões de cópias em todo mundo – mais enxuto. Canções poderosas como “Call the Police” e “If the Rain Must Fall” deveriam ser mais exploradas, já que nestas Morrison revela com clareza o poderio de sua voz, além de dar crédito a suas ótimas referências musicais como, Otis Redding, The Kinks, Van Morrison e Al Green.
No entanto, a satisfação de sua gravadora com o sucesso do single “You Give Me Something” freou a oportunidade de serem observadas suas mais interessantes composições e particularidades artísticas. Ligado o piloto automático, os executivos ingleses da Polydor desenfrearam uma sequência de três singles de fórmula musical repetida, que só fizeram Morisson descer a ribanceira de charts internacionais. Fato, é verdade, que não o impediu de receber três indicações ao Brit Awards de 2007 e faturar o prêmio na categoria de melhor artista solo masculino.
Dono de uma voz forte e doce, o bastante para se encaixar perfeitamente de acordo com que cada canção pede, Morrison segue a manjada cartilha que mistura Pop, Soul e Folk. O disco, portanto, é um prato cheio para as FMs do mundo todo, já que não há erros em sua interpretação, seu desempenho vocal é certeiro e convence. Depois do trauma psico-auricular causado por James Blunt em 2006, vale aqui à máxima: melhor Morrison do que Blunt.
Confira: http://www.myspace.com/jamesmorrisonmusic
CDs da semana:
The Apples in Stereo - New Magnetic Wonder (2007)
Datarock - Datarock (2006)
Death In Vegas - Satan`s Circus (2005)
Klaxons - Myths of the Near Future (2007)
Vulgue Tostoi - EP 2007
Black Rebel Motorcycle Club - Baby 81 (2007)
Silverchair - Straight Lines (2007)
No entanto, Morrison é mais do que seus contemporâneos, não que isto lhe garanta a tarimba de um grande artista, ou dê aval para algo do gênero. Sua voz, sim, é impressionante, e se não fosse por baladas oportunistas, “Undiscovered” poderia ser considerado um grande álbum.
Diferente do que alardeia as incendiárias publicações musicais londrinas, o álbum de estréia desse garoto de 21 anos esbarra na burocracia de arranjos e na previsibilidade de boa parte das canções. Baladas chicletes e ordinárias, que arrebatam teenagers num estalar de dedos, poderiam ser menos evidentes, e o álbum – que já vendeu duas milhões de cópias em todo mundo – mais enxuto. Canções poderosas como “Call the Police” e “If the Rain Must Fall” deveriam ser mais exploradas, já que nestas Morrison revela com clareza o poderio de sua voz, além de dar crédito a suas ótimas referências musicais como, Otis Redding, The Kinks, Van Morrison e Al Green.
No entanto, a satisfação de sua gravadora com o sucesso do single “You Give Me Something” freou a oportunidade de serem observadas suas mais interessantes composições e particularidades artísticas. Ligado o piloto automático, os executivos ingleses da Polydor desenfrearam uma sequência de três singles de fórmula musical repetida, que só fizeram Morisson descer a ribanceira de charts internacionais. Fato, é verdade, que não o impediu de receber três indicações ao Brit Awards de 2007 e faturar o prêmio na categoria de melhor artista solo masculino.
Dono de uma voz forte e doce, o bastante para se encaixar perfeitamente de acordo com que cada canção pede, Morrison segue a manjada cartilha que mistura Pop, Soul e Folk. O disco, portanto, é um prato cheio para as FMs do mundo todo, já que não há erros em sua interpretação, seu desempenho vocal é certeiro e convence. Depois do trauma psico-auricular causado por James Blunt em 2006, vale aqui à máxima: melhor Morrison do que Blunt.
Confira: http://www.myspace.com/jamesmorrisonmusic
CDs da semana:
The Apples in Stereo - New Magnetic Wonder (2007)
Datarock - Datarock (2006)
Death In Vegas - Satan`s Circus (2005)
Klaxons - Myths of the Near Future (2007)
Vulgue Tostoi - EP 2007
Black Rebel Motorcycle Club - Baby 81 (2007)
Silverchair - Straight Lines (2007)
1 Comments:
"o álbum de estréia desse garoto de 21 anos esbarra na burocracia de arranjos e na previsibilidade de boa parte das canções. Baladas chicletes e ordinárias, que arrebatam teenagers num estalar de dedos". Hummmmm. Isso me cheira a bomba. Definitivamente o Morrison que vale é o velho poeta Jim.
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