The Vines - Não vale!!!
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Você pode ouvir Vision Valley e rapidamente se lembrar de passear com o pentelho do seu cachorro, e ele nem precisa sacudir a coleira ou morder teu calcanhar, quando você percebe, pluf! já desintonizou. No entanto, é um disco direto sem embromação. Riffs curtos, bateria simples e cordas nas músicas mais calmas, como na faixa título "Vision Valley" e em "Going Gone". Estas duas, somadas a "Candy Daze" e "Don`t listen to the radio" são das poucas que vale a pena ouvir repetidas vezes.
O disco passa muito rápido, não que seja maravilhoso. É que os "arquétipos sonoros" sã
o curtíssimos, a maioria com duração de dois minutos.
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Não estou aqui pra enrolar, e sim pra dizer que este é sim o pior disco do grupo, ou o menos inspirado, se preferirem um eufemismo hipócrita. Nem se compara a Highly Evolved (2002), disco que abriu as portas do mundo para o trio (e o fez ser a primeira banda australiana, em vinte anos, a estampar a capa da Rolling Stone e de ganhar rasgados elogios de revistas como NME, SPIN e muitas outras), sendo apontados como a salvação "rock" dos anos 2000. Um crossover de Beatles e Nirvana.
O que é no mínimo triste, é perceber que baladas ao piano como "Mary Jane", "Autumn Shade" e bombas pop como "Get Free", estão longe de serem vistas neste vale um tanto sem graça. Seria mais sincero, se os desvios fossem de lágrimas, mas não é o que ocorre. Os sentimentos estão presos e não reverberam como antes. A imagem é de retrocesso e a criatividade, esperimentalismo e frescor sonoro ficaram num passado, não muito distante e ainda ao alcance do grupo.
As músicas mais nervosas soam como espasmos ou gritos, dum paranóico e histérico Craig, desesperado por redenção musical. Estar em estúdio gravando, sempre foi o ambiente preferido de C.Nicholls, mas a impressão é de que ele quis se livrar logo de suas obrigações e soltar de uma vez a bolacha.
As músicas mais nervosas soam como espasmos ou gritos, dum paranóico e histérico Craig, desesperado por redenção musical. Estar em estúdio gravando, sempre foi o ambiente preferido de C.Nicholls, mas a impressão é de que ele quis se livrar logo de suas obrigações e soltar de uma vez a bolacha.
Depois de um incidente em 2004 no Annandale Hotel em Sydney onde atacou um fotógrafo, Craig foi diagnosticado com Síndrome de Asperger, uma disfunção neurobiológica e um tipo de autismo. Pessoas
que apresentam a doença geralmente são extremamente inteligentes e costumam não se sentir confortáveis em ambientes sociais, focando suas atenções para expressões artísticas como a música.
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Sua instabilidade comportamental fez com que a banda abortasse a turnê e promoção de "Winning Days" e ocasionasse a saída do baixista, fundador e amigo, dos tempos de fritar hamburgers no McDonalds, Patrick Matthews do grupo. Ao longo de 2005 os remanescentes, Hamish Rosser (bateria), Ryan Griffiths (guitarra) e Craig se reuniram com o produtor Wayne Connolly e gravaram Vision Valley, em sessões que se estenderam em diversos estúdios australianos. A banda voltou a compor e a gravar, se concentraram, pensaram nos arranjos(?), sonharam, matutaram, mas.... fedeu!!! E é esse o cheiro que fica no ar.
Esperem o vento passar...
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