Quem é o próximo?
Chega de falar de hypes! Estou farto, ou melhor, de saco cheio destas milhares de bandas que infestam desenfreadamente as paradas internacionais. Catapultadas por semanários musicais como o britânico NME – New Music Express, dezenas de bandas com potencial sonoro no mínimo duvidoso são posicionadas a cada semana como salvadores do rock, estampando capas de jornais, revistas e sites. Como se o estilo precisasse de algum messias revitalizante, jogam essas batatas inglesas mal assadas no forno direto para nossa indigestão. Por isso me proponho utopicamente a falar destas bandas pela última vez antes de minha regurgitação.
De dois anos pra cá, pude observar a enorme quantidade de desbaratinados musicais sendo lançados ao topo das paradas de hits, singles, clipes e etc. De semanas em semanas, um novo artista “cúl” surgia e estava pronto para emergir e flatular sua essencial bosta propulsora. Irei listar aqui algumas atrações que circundaram indevidamente os arredores dos meus fones de ouvido: British Sea Power, Futureheads, Maximo Park, The Horros, The Rakes, Babyshambles, Ordinary Boys, Dirty Pretty Things além de muitos outros, até desembocarmos 2006 no campeão da bundonice seqüencial, os Arctic Monkeys.
Confesso que no final do ano passado ao ler este nome como a suposta promessa “nirvanica” inglesa, desdenhei exageradamente por questões óbvias; uma banda com um nome aparentemente tão idiota não daria pra ser levada a sério. Ciente de meu sarcástico preconceito, esperei para ouvir e analisar o que os meninos “fraudulentos”, seja lá o que você interpretar, poderiam me apresentar musicalmente. Entristeci-me, de forma estranha, ao perceber que minha esperança de quebrar a cara fora por água abaixo; os Monkeys esbarram em suas macaquices piegas, numa animada emulação de White Stripes feat Franz Ferdinand.
DISCO - Porém, não é de todo ruim o supra campeão de vendas da primeira semana “Whatever People say I am, That`s What I`m not”. O som é divertido e mais pesado, será que posso falar assim, que seus contemporâneos. Uma energia mezzo contida que se engraça a expelir, ante a desistência, devido à percepção da ausência de substancial alma própria. Fato que associo a uma robotização de postura, sonoridade e métricas de muitas bandas inglesas da atualidade.
“I bet you look good on the dancefloor” foi o primeiro single deste aclamado álbum de estréia. Foi lançado ao topo das paradas rapidamente, insuflado pela avassaladora nova mídia publicitária musical, o My Space Music da banda. Faixas como "Fake tales of San Francisco" e "Dancing Shoes", também divertem e são responsáveis por momentos agradáveis. O problema é que depois das primeiras músicas a fórmula vai se desgastando e o CD não se sustenta até o final.
A subjetividade do que é bom ou ruim, se torna cada vez mais visível nos dias de hoje, já que grande sempre o foi, e fico assim a cerca de minha subjetividade negativa a respeito dos pós-adolescentes de Sheffield.
ROCK N`ROLL - Nas décadas de 60 e 70 grandes artistas como os Beatles, Rolling Stones, The Who e Led Zeppelin, se posicionavam em um nível muito superior aos demais de sua geração, isso é óbvio pelo ponto de vista de qualidade. Além disso, quem tinha o apoio da grande mídia se posicionava realmente no topo e os demais artistas se situavam bem abaixo deste limite. Esta situação ainda se configura nos dias de hoje, mas de forma menos díspare, ainda bem. Temos o U2 varrendo o mundo com sua Vertigo tour, os posers velhacos do Motley Crue fazendo peregrinações circenses pela América do Norte e como presenciamos aqui no Rio, os Rolling Stones rolando pedras de ouro mundo afora com sua A Bigger Bang Tour, a mais lucrativa de 2005. Porém, o que há de mal nesta multiplicidade de mídias e veículos, é a banalidade com que medalhas de glória musical são condecoradas à uma nova banda toda semana.
A banalização do bom ocasionada pelos trocentos veículos “independentes”: de conhecimento, aprofundamento, pesquisa, distanciamento crítico e bom senso, faz jorrar a céu aberto a ferida de nosso bestializado cenário musical. Ainda bem que o público ainda tem ouvido, é humano e quando a música não agrada e não soa bem, não há mídia hype que segure a fraude. Caso concreto é o do suposto líder de banda Pete Doherty, do Babyshambles e seu marketing marginal, que hoje em dia, só ecoa pelas ruas de Londres!!! Moleque chato para caralho!!!
Não sei como vou me explicar aos engajados adoradores de tendências Rock n`Roll? Ou melhor, nem sei se devo, já que fui claro em minha heresia musical.
HYPES - Voltando ao assunto hypes, sei que como jornalista e maníaco musical, jamais conseguirei por completo realizar minha estimada tarefa de me afastar desses insetos de zumbido inquietante por muito tempo, mas se tivesse que escolher quais colocaria no shuffle de meu mp3 player, como ponto final de uma encruzilhada, optaria por uma “nostálgica hypeada” em bandas como: The Hives, Strokes, The Jet, The Vines e Kings of Leon. Percebo então que há 5 anos atrás o mercado ainda lançava qualidade, são bandas mais diferentes entre si e apresentam ao menos, maior variação de sonoridades, timbres, cadencias e melodias.
Em um mundo cada vez mais encharcado de informações e possibilidades, gostaria de ver um cenário mais quente e perigoso, distinto e inovador. Não cheio de fôrmas e macaquices de Sheffield como padrão. Mas não é o que ocorre.
A despeito de minha artilharia jocosa e crítica, também tenho meus subalternos desejos hypes e pop`s. Se querem saber, estou a espera de um lançamento que certamente vai ser lançado aos pícaros da glória semanal pós-moderna é a banda Raconteurs, projeto liderado por Jack White, o cantor-compositor-produtor de Detroit Brendan Benson e os Greehornes, Jack Lawrence e Patrick Keeler.
Quem anda profetizando aos quatro ventos desta vez sou eu, pobre defensor de análises esmiuçadas, e eis que me pego constrangedoramente no flagra, anunciando a próxima constelação musical, depois de ter ouvido apenas o primeiro single da banda: “Steady, as She Goes / Store Bought Bones”.
Agora façam o seguinte: baixem este single e decidam por si mesmos se gostam ou não? Mas não se enganem, já que eu....
Cansei de me enganar.... Abraços!
De dois anos pra cá, pude observar a enorme quantidade de desbaratinados musicais sendo lançados ao topo das paradas de hits, singles, clipes e etc. De semanas em semanas, um novo artista “cúl” surgia e estava pronto para emergir e flatular sua essencial bosta propulsora. Irei listar aqui algumas atrações que circundaram indevidamente os arredores dos meus fones de ouvido: British Sea Power, Futureheads, Maximo Park, The Horros, The Rakes, Babyshambles, Ordinary Boys, Dirty Pretty Things além de muitos outros, até desembocarmos 2006 no campeão da bundonice seqüencial, os Arctic Monkeys.
Confesso que no final do ano passado ao ler este nome como a suposta promessa “nirvanica” inglesa, desdenhei exageradamente por questões óbvias; uma banda com um nome aparentemente tão idiota não daria pra ser levada a sério. Ciente de meu sarcástico preconceito, esperei para ouvir e analisar o que os meninos “fraudulentos”, seja lá o que você interpretar, poderiam me apresentar musicalmente. Entristeci-me, de forma estranha, ao perceber que minha esperança de quebrar a cara fora por água abaixo; os Monkeys esbarram em suas macaquices piegas, numa animada emulação de White Stripes feat Franz Ferdinand.
DISCO - Porém, não é de todo ruim o supra campeão de vendas da primeira semana “Whatever People say I am, That`s What I`m not”. O som é divertido e mais pesado, será que posso falar assim, que seus contemporâneos. Uma energia mezzo contida que se engraça a expelir, ante a desistência, devido à percepção da ausência de substancial alma própria. Fato que associo a uma robotização de postura, sonoridade e métricas de muitas bandas inglesas da atualidade.
“I bet you look good on the dancefloor” foi o primeiro single deste aclamado álbum de estréia. Foi lançado ao topo das paradas rapidamente, insuflado pela avassaladora nova mídia publicitária musical, o My Space Music da banda. Faixas como "Fake tales of San Francisco" e "Dancing Shoes", também divertem e são responsáveis por momentos agradáveis. O problema é que depois das primeiras músicas a fórmula vai se desgastando e o CD não se sustenta até o final.
A subjetividade do que é bom ou ruim, se torna cada vez mais visível nos dias de hoje, já que grande sempre o foi, e fico assim a cerca de minha subjetividade negativa a respeito dos pós-adolescentes de Sheffield.
ROCK N`ROLL - Nas décadas de 60 e 70 grandes artistas como os Beatles, Rolling Stones, The Who e Led Zeppelin, se posicionavam em um nível muito superior aos demais de sua geração, isso é óbvio pelo ponto de vista de qualidade. Além disso, quem tinha o apoio da grande mídia se posicionava realmente no topo e os demais artistas se situavam bem abaixo deste limite. Esta situação ainda se configura nos dias de hoje, mas de forma menos díspare, ainda bem. Temos o U2 varrendo o mundo com sua Vertigo tour, os posers velhacos do Motley Crue fazendo peregrinações circenses pela América do Norte e como presenciamos aqui no Rio, os Rolling Stones rolando pedras de ouro mundo afora com sua A Bigger Bang Tour, a mais lucrativa de 2005. Porém, o que há de mal nesta multiplicidade de mídias e veículos, é a banalidade com que medalhas de glória musical são condecoradas à uma nova banda toda semana.
A banalização do bom ocasionada pelos trocentos veículos “independentes”: de conhecimento, aprofundamento, pesquisa, distanciamento crítico e bom senso, faz jorrar a céu aberto a ferida de nosso bestializado cenário musical. Ainda bem que o público ainda tem ouvido, é humano e quando a música não agrada e não soa bem, não há mídia hype que segure a fraude. Caso concreto é o do suposto líder de banda Pete Doherty, do Babyshambles e seu marketing marginal, que hoje em dia, só ecoa pelas ruas de Londres!!! Moleque chato para caralho!!!
Não sei como vou me explicar aos engajados adoradores de tendências Rock n`Roll? Ou melhor, nem sei se devo, já que fui claro em minha heresia musical.
HYPES - Voltando ao assunto hypes, sei que como jornalista e maníaco musical, jamais conseguirei por completo realizar minha estimada tarefa de me afastar desses insetos de zumbido inquietante por muito tempo, mas se tivesse que escolher quais colocaria no shuffle de meu mp3 player, como ponto final de uma encruzilhada, optaria por uma “nostálgica hypeada” em bandas como: The Hives, Strokes, The Jet, The Vines e Kings of Leon. Percebo então que há 5 anos atrás o mercado ainda lançava qualidade, são bandas mais diferentes entre si e apresentam ao menos, maior variação de sonoridades, timbres, cadencias e melodias.
Em um mundo cada vez mais encharcado de informações e possibilidades, gostaria de ver um cenário mais quente e perigoso, distinto e inovador. Não cheio de fôrmas e macaquices de Sheffield como padrão. Mas não é o que ocorre.
A despeito de minha artilharia jocosa e crítica, também tenho meus subalternos desejos hypes e pop`s. Se querem saber, estou a espera de um lançamento que certamente vai ser lançado aos pícaros da glória semanal pós-moderna é a banda Raconteurs, projeto liderado por Jack White, o cantor-compositor-produtor de Detroit Brendan Benson e os Greehornes, Jack Lawrence e Patrick Keeler.
Quem anda profetizando aos quatro ventos desta vez sou eu, pobre defensor de análises esmiuçadas, e eis que me pego constrangedoramente no flagra, anunciando a próxima constelação musical, depois de ter ouvido apenas o primeiro single da banda: “Steady, as She Goes / Store Bought Bones”.
Agora façam o seguinte: baixem este single e decidam por si mesmos se gostam ou não? Mas não se enganem, já que eu....
Cansei de me enganar.... Abraços!
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